Deepfakes e segurança cibernética: um novo desafio para as empresas

A era digital trouxe avanços surpreendentes, mas também desafios sem precedentes, e um dos mais recentes é a tecnologia de deepfakes. À medida que a inovação digital avança, cresce a necessidade de proteção de dados e cibersegurança nas empresas. Deepfakes não são apenas ferramentas de entretenimento; elas se tornaram uma ameaça séria no ambiente corporativo, exigindo que as organizações adotem medidas eficazes para mitigar os riscos.

 

O que são deepfakes?

Deepfakes são vídeos, áudios ou imagens falsificados que utilizam inteligência artificial (IA) para criar representações realistas de pessoas, geralmente manipulando suas vozes ou aparências. A princípio, essa tecnologia pode parecer inofensiva, mas seu potencial de dano é vasto. Nos negócios, deepfakes podem ser usados para fraudes financeiras, ataques de phishing avançados e até para enganar funcionários com falsos comandos de superiores.

Os perigos dos deepfakes para empresas

O uso de deepfakes no ambiente corporativo é uma ameaça crescente. Aqui estão alguns dos principais riscos:

1- Fraudes financeiras e de identidade

Criminosos podem usar deepfakes para imitar executivos e realizar transações fraudulentas. Um exemplo recente envolveu a falsificação de voz de um CEO, levando uma empresa a transferir grandes somas de dinheiro para uma conta controlada por criminosos.

2- Manipulação de informações sensíveis

Deepfakes podem ser usados para distorcer declarações de líderes empresariais, influenciando negativamente o mercado ou desestabilizando a reputação de uma organização. A proteção de dados internos, como vídeos de reuniões ou chamadas confidenciais, torna-se ainda mais crucial diante dessa ameaça.

3- Phishing e engenharia social

Imagens e áudios manipulados podem ser utilizados em ataques de phishing mais sofisticados, em que funcionários recebem mensagens ou ligações de "chefes" ou "colegas" pedindo informações sensíveis ou solicitando ações urgentes.

Como as empresas podem se proteger de deepfakes?

Embora os riscos sejam significativos, existem formas de mitigar as ameaças impostas pelos deepfakes:

1- Tecnologia de detecção de deepfakes

Empresas de cibersegurança estão desenvolvendo ferramentas para identificar deepfakes com base em pequenas inconsistências em áudio e vídeo. Essas ferramentas analisam, por exemplo, falhas sutis nos movimentos faciais ou na sincronia labial.

2- Educação e treinamento

O treinamento contínuo dos funcionários para reconhecer possíveis ataques de engenharia social e deepfakes é crucial. Manter a equipe atualizada sobre as ameaças de transformação digital e fraudes pode ajudar a reduzir o impacto dessas técnicas.

3- Autenticação multifator (MFA)

A utilização de autenticação multifator para aprovações sensíveis, como transferências financeiras, garante uma camada extra de proteção. Isso pode impedir que fraudes de deepfake aconteçam, já que a simples imitação de voz ou vídeo não seria suficiente para concluir transações.

4- Monitoramento de rede

Investir em soluções robustas de cibersegurança que façam um monitoramento constante da rede pode ajudar a identificar acessos suspeitos ou atividades não autorizadas, fornecendo alertas em tempo real sobre potenciais ataques.

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Os deepfakes representam um novo desafio no cenário da segurança cibernética, especialmente para empresas que lidam com dados confidenciais e transações financeiras. O avanço da inovação digital exige que as organizações se adaptem rapidamente, adotando tecnologias de detecção, treinamentos preventivos e protocolos de segurança mais rigorosos para evitar fraudes e ataques cibernéticos.

 

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