Os perigos das redes sociais: o que diz o especialista em cibersegurança
O mundo está em alerta após denúncias de ex-funcionária do Facebook sobre manipulação de dados e potencial ameaça à saúde mental, especialmente de crianças e adolescentes. O especialista em cibersegurança, Fernando Amatte, avalia que a questão é social e criar leis reguladoras não basta
São Paulo, Outubro de 2021 – O especialista em cibersegurança e diretor de Red Team da Cipher, empresa de segurança cibernética do grupo Prosegur, Fernando Amatte, avalia os riscos que correm usuários das redes sociais, sobretudo, após a ex-gerente de produto do Facebook, Frances Haugen, apontar fragilidades na segurança do Facebook e do Instagram.
No começo da tarde da última segunda-feira (4), as duas redes sociais, mais o WhatsApp, outro aplicativo da empresa de Mark Zuckerberg, ficaram fora do ar por mais de sete horas, um dia depois de Haugen assumir o vazamento de documentos internos ao “Wall Street Journal”, denunciando manipulação de algoritmos que sacrificam a segurança dos usuários em prol da lucratividade.
Ela também disse, ao ser interrogada no Senado norte-americano, que as plataformas são potencialmente viciantes e causam impactos na saúde mensal das pessoas, especialmente crianças e adolescentes, com conteúdos que propositalmente deixariam de ser “filtrados” para não haver perda de audiência.
Para Fernando Amatte, é responsabilidade dos pais acompanhar o comportamento dos filhos na internet, para que não fiquem expostos nas redes sociais. Ele alerta que não é raro menores de idade criarem perfis “fake”, com data de nascimento adulteradas para 18 anos ou mais, o que possibilita acesso aos conteúdos reservados a adultos.
De acordo com Amatte, se por um lado o Facebook poderia reforçar medidas para inibir a abertura de contas com informações falsas, por outro, identificar quem está atrás do teclado não é uma tarefa simples.
Mais uma questão levantada pela ex-funcionária é o poder que têm essas plataformas por onde circulam uma infinidade de dados pessoais cedidos pelos próprios usuários, ou coletados a cada acesso, conforme a navegação. Ela afirma que a forma de utilização dessas informações não é clara e que pesquisas teriam sido omitidas pelo Facebook.
Nesse sentido, Amatte concorda com Haugen sobre a necessidade da regulamentação das plataformas, entretanto, alerta que estabelecer regras não é suficiente. “Leis são desafiadas o tempo todo, ou não veríamos diariamente pessoas sendo presas por descumpri-las”, pondera. Para ele, a questão também precisa ser vista e trabalhada no âmbito social.
Sobre a CIPHER
Fundada em 2000, a CIPHER, uma empresa global do Grupo Prosegur, especializada em segurança cibernética, oferece uma ampla gama de produtos e serviços, suportadas pelo melhor laboratório em segurança da Informação: o Intelligence Lab. Com escritórios localizados na América do Norte, Europa e América Latina, possui seis centros de operação de segurança 24/7, complementados por parceiros estratégicos ao redor do mundo.
A CIPHER é altamente acreditada como provedora de Serviços Gerenciados de Segurança (MSS) por meio das certificações da empresa como ISO 20000 e ISO 27001, SOC I e SOC II, PCI QSA e PCI ASV.
A CIPHER também recebeu diversos prêmios, incluindo melhor MSSP da Frost & Sullivan nos últimos seis anos consecutivos. Os seus clientes são compostos por grandes empresas e agências de governo, com inúmeros cases de sucesso. A CIPHER provê às organizações, por meio de tecnologias avançadas e especializadas, serviços que os protegem contra ameaças, enquanto gerenciam riscos e asseguram a operação através de soluções inovadoras.
Fonte: MTI Tecnologia – via Capital Informação – Assessoria de Imprensa
Por Fernando Amatte – Diretor de Red Team Services Cipher
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